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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Alunos da rede pública do Rio farão provas pelo computador




As aulas digitais que já são aplicadas na rede municipal: provas eletrônicas a partir do segundo semestre
Foto: Divulgação

RIO - Os alunos da rede municipal de ensino do Rio começarão a experimentar, a partir do segundo semestre, um novo jeito de fazer provas. A Secretaria de Educação já começou a treinar cem professores para preparar um banco com 80 mil questões voltadas para testes digitais, que serão aplicados aos alunos em computadores portáteis já existentes na maioria das escolas. O sistema será usado inicialmente nas avaliações bimestrais, que servem como base para o acompanhamento do desempenho das unidades.

— É algo que vai facilitar a vida do professor, principalmente na questão da correção automática das provas, sem que ele perca o controle sobre o desempenho do aluno, já que o sistema pode até produzir relatórios sobre a evolução dos estudantes — destaca a secretária municipal de Educação, Claudia Costin.
Os testes digitais não substituirão as tradicionais provas de papel, das avaliações cotidianas do professor. Todas as questões aplicadas pelo computador serão de múltipla escolha. Há a possibilidade até de serem usadas animações para tornar o uso mais atrativo para os alunos. Em 2013, o sistema também será utilizado em provas feitas no início do ano letivo, para detectar se o nível de letramento dos estudantes dos 1, 2 e 3 anos do ensino fundamental está adequado à série.
— O sistema tem a possibilidade de mudar a dificuldade das questões se o aluno não consegue respondê-las. Pode voltar de uma de nível médio para uma fácil. Conseguimos saber até onde aquele aluno está conseguindo assimilar os conteúdos — completa Costin.
Prefeitura testa diários de classe eletrônicos
Além das provas digitais, a rede municipal já está realizando os primeiros testes de um novo diário de classe eletrônico. O sistema está sendo aplicado em 150 unidades e faz parte do que Costin chama de “Escola 3.0”. A intenção é cada vez mais abolir o uso desnecessário do papel no cotidiano dos colégios.
Todo esse processo de informatização começou em 2010, quando a Secretaria de Educação criou a Educopédia. O projeto disponibilizou aulas digitais, criadas pelos próprios docentes, para a toda a rede: hoje, o órgão estima que cerca de 70% dos professores já utilizem o conteúdo. Todas as escolas, do 6 ao 9 ano do ensino fundamental, foram contempladas com projetores para que os profissionais pudessem expor aos estudantes vídeos, jogos e animações.
— Não há qualquer obrigatoriedade para que o professor utilize esses recursos, mas mesmo assim tivemos uma adesão muito grande — afirma Claudia Costin.
Uma das unidades pioneiras no sistema foi a Escola Municipal Rivadávia Correa, no Centro. Mas rapidamente as aulas digitais foram se expandindo: um site (www.educopedia.com.br) foi criado para facilitar o acesso aos conteúdos.
Os colégios que têm a Educopédia já haviam sido contemplados com computadores portáteis que são utilizados em algumas atividades. Esses equipamentos também servirão a partir do segundo semestre para a aplicação das novas provas digitais.
Aulas digitais do Rio chegaram até a Finlândia
A Educopédia foi recentemente licenciada pelo projeto global de gestão de direitos autorais na internet Creative Commns como um recurso educacional aberto. Com isso, será permitido que outras redes educacionais a copiem, usem, adaptem, ou compartilhem seus conteúdos.
Após a concessão da licença, a Secretaria municipal de Educação já foi convidada a apresentar o projeto em outros países, como ocorreu na Finlândia, durante o encontro do Global Education Leaders Program, fórum de líderes governamentais de 13 países como China, Índia, Estados Unidos e Austrália, que discute educação e inovação.
A Educopédia também será apresentada no Congresso Mundial de Recursos Educacionais da Unesco, em Paris. A Unesco também reconhece a plataforma como um dos principais exemplos de recursos educacionais abertos de qualidade na América Latina.
Para o início das provas digitais, o Ministério da Educação está colaborando com a prefeitura do Rio na consolidação do banco de questões. As primeiras séries onde o sistema será usado serão o 5 e o 9 anos do ensino fundamental.



terça-feira, 12 de junho de 2012

Um antigo desejo de nossa comunidade

 
 
Os moradores de Tomás Coelho e adjacências não precisam mais percorrer os dez quilômetros, na direção de Cascadura ou Pilares, para cruzar a linha férrea que corta a Avenida João Ribeiro. A partir de agora, eles contam com o Viaduto Francisco dos Santos, inaugurado neste domingo, dia 10, pela Prefeitura do Rio. Com 400 metros de extensão e nove de largura, fica ao lado da estação da Supervia do bairro, sobre a linha férrea, ligando a Avenida João Ribeiro, em mão dupla. Executados pela Secretaria Municipal de Obras, os serviços também incluíram a recuperação do entorno do viaduto, com a reurbanização dos passeios, do asfalto e do meio-fio ao longo daquela avenida.
- É uma alegria muito grande estar aqui, realizando um sonho antigo dos moradores da região, cumprindo com o nosso compromisso. Já fizemos muito por esta região. Bairros como Cavalcante e Pilares estão cada vez mais arrumados, recebendo serviços que trazem dignidade aos seus moradores - afirmou o prefeito Eduardo Paes, ao lado do secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto e do secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, além do subprefeito da Zona Norte, André Santos, entre outras autoridades.

O jornalista Sergio Cabral, que nasceu em Cascadura e foi criado em Cavalcante, prestou uma homenagem ao amigo “Chiquinho”, que dá nome ao viaduto e foi um grande líder comunitário que, por diversas vezes, solicitou a construção para a região:

- Chiquinho foi um grande defensor deste bairro, além de ter sido um grande amigo por décadas - disse Cabral, que estava acompanhado por familiares de Francisco.


Com investimento de R$ 29,8 milhões, o viaduto vai beneficiar os moradores de Del Castilho, Engenho da Rainha, Inhaúma, Pilares, Madureira e Cascadura, além de facilitar o acesso ao Estádio Olímpico João Havelange, o “Engenhão”.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Você pode construir um mundo novo sozinho?



Já que mais uma vez o Brasil será palco de mais um evento ambiental, é um bom momento para refletirmos até onde podemos fazer a nossa parte, pois ainda estamos bem londe de respeitar os príncípios básicos para a construção de uma sociedade mais justa. 

 

O que é a Carta da Terra?

A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século 21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação.
A Carta da Terra se preocupa com a transição para maneiras sustentáveis de vida e desenvolvimento humano sustentável. Integridade ecológica é um tema maior. Entretanto, a Carta da Terra reconhece que os objetivos de proteção ecológica, erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico eqüitativo, respeito aos direitos humanos, democracia e paz são interdependentes e indivisíveis. Consequentemente oferece um novo marco, inclusivo e integralmente ético para guiar a transição para um futuro sustentável.
A Carta da Terra é resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno de objetivos comuns e valores compartilhados. O projeto da Carta da Terra começou como uma iniciativa das Nações Unidas, mas se desenvolveu e finalizou como uma iniciativa global da sociedade civil. Em 2000 a Comissão da Carta da Terra, uma entidade internacional independente, concluiu e divulgou o documento como a carta dos povos.
A redação da Carta da Terra envolveu o mais inclusivo e participativo processo associado à criação de uma declaração internacional. Esse processo é a fonte básica de sua legitimidade como um marco de guia ético. A legitimidade do documento foi fortalecida pela adesão de mais de 4.500 organizações, incluindo vários organismos governamentais e organizações internacionais.
À luz desta legitimidade, um crescente número de juristas internacionais reconhece que a Carta da Terra está adquirindo um status de lei branca (“soft law”). Leis brancas, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos são consideradas como moralmente, mas não juridicamente obrigatórias para os Governos de Estado, que aceitam subscrevê-las e adotá-las, e muitas vezes servem de base para o desenvolvimento de uma lei stritu senso (hard law).
Neste momento em que é urgentemente necessário mudar a maneira como pensamos e vivemos, a Carta da Terra nos desafia a examinar nossos valores e a escolher um melhor caminho. Alianças internacionais são cada vez mais necessárias, a Carta da Terra nos encoraja a buscar aspectos em comum em meio à nossa diversidade e adotar uma nova ética global, partilhada por um número crescente de pessoas por todo o mundo. Num momento onde educação para o desenvolvimento sustentável tornou-se essencial, a Carta da Terra oferece um instrumento educacional muito valioso.
 


 O Texto da Carta da Terra:

http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html


A carta para as crianças:

http://www.parceirosvoluntarios.org.br/images/Capa/file/CTparacriancasNAIA.pdf





segunda-feira, 4 de junho de 2012

BRENO VIOLA, UM EXEMPLO PARA TODOS.


A rotina do judoca Breno Viola, do Flamengo, é pesada como a dos atletas desse esporte. "Às vezes, treino das 14h até meia-noite", diz. Diferentemente dos seus colegas de clube, ele tem síndrome de Down. Mas isso nunca foi um empecilho.
Filho de judoca, Viola começou a praticar o esporte aos seis anos. Em 2002, foi o primeiro judoca com down a ter faixa preta nas Américas.
"O judô ensinou ele a se defender. Antes ele chegava em casa chorando quando sofria bullying. Hoje ele reage", conta a mãe, Suely.
Aos 31 anos, Viola continua treinando e está descobrindo outras atividades, como comunicação e atuação.
Viola será um dos colaboradores do site Movimento Down, que será lançado nesta quarta-feira, Dia Mundial da Síndrome de Down. E em julho ele estreará em seu primeiro longa metragem, "Colegas", ao lado de atores como Lima Duarte. Acompanhe a entrevista à Folha.
Divulgação
Breno Viola, do Flamengo,se tornou o primeiro judoca com down a ter faixa preta nas Américas
Breno Viola, do Flamengo,se tornou o primeiro judoca com down a ter faixa preta nas Américas
Folha - Como você se tornou judoca?
Breno Viola - Meu pai era judoca e eu queria seguir o exemplo dele. Comecei a treinar em casa com um irmão mais velho que fazia judô. Aos seis anos eu comecei a praticar judô no Clube Flamengo. Hoje sou faixa preta. Em 2002 fui o primeiro faixa preta de judô das Américas com síndrome de Down.
O que você pretende dizer aos governantes que encontrará em Brasília na apresentação do site Movimento Down?
Vou apresentar o projeto Movimento Down e falar sobre ele. E vou dizer que os governantes deveriam se preocupar em incluir as pessoas com síndrome de Down na sociedade. Deve haver projetos de inclusão social.
Como é a sua rotina de treinamento?
Treino todos os dias, de segunda a sexta-feira. No final de semana eu descanso. Senão o corpo não aguenta! Às sextas-feiras eu gosto de curtir o baile funk aqui no Rio. Mas não vou sempre porque sou atleta e preciso cuidar da saúde.
Conte um pouco sobre o seu filme "Colegas", que vai estrear em julho.
O "Colegas" é o primeiro filme brasileiro com três atores com síndrome de Down no elenco. O diretor e roteirista, Marcelo Galvão, tinha um tio com down, por isso decidiu fazer o longa. Eu interpreto justamente o Márcio, tio dele, que sonhava em voar de balão. Os outros dois atores com down, que são um casal, têm outros sonhos.
As gravações duraram quase quatro meses: a gente começou no interior de São Paulo e passamos por Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Buenos Aires.
Foi muito bom gravar e atuar ao lado de artistas como Lima Duarte. Estou estudando mais teatro. Quem sabe faço outros longas.