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quarta-feira, 30 de maio de 2012

TEMA PARA REDAÇÃO

        31/05 - DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA O TABACO

Dia de Luta Contra O TabacoPolíticas de controle ao Tabagismo, coordenadas pelo Ministério da Saúde, dão destaque ao Brasil como um dos principais países na luta contra o fumo.


O tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam: o cigarro é o responsável por 10 mil vítimas diárias. Uma das estratégias da OMS para controlar o uso do fumo é o Dia Mundial Sem Tabaco comemorado desde 1997 no dia 31 de maio.  Todos os anos um tema é adotado pelos 191 países membros para divulgação da data. Dessa vez, o mote da campanha é "Tabaco, mortífero em todas as suas formas e disfarces".
No intuito de aumentar as vendas e conquistar novos consumidores, a indústria utiliza rótulos de "menos nocivos" para alguns dos seus produtos. Segundo a chefe da Divisão do Controle de Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Tânia Cavalcante, "a população precisa saber que o tabaco é nocivo em qualquer produto, ou seja, os cigarros tidos como lights ou que contêm menos substâncias químicas, ainda assim, causam sérios danos à saúde da população".

Lights - Quando a ciência constatou que o cigarro poderia causar câncer, doenças cardíacas e enfisemas, a reação da população fumante foi imediata. A indústria, preocupada com a queda nas vendas, rapidamente introduziu novos produtos no mercado com propostas de serem menos prejudiciais à saúde. Assim surgiram os cigarros lights.
Depois de muitas pesquisas, a comunidade científica mundial concluiu que os cigarros lights/suaves e demais produtos do tabaco faziam tão mal à saúde quanto os normais. Os produtos light têm como única diferença os poros do filtro que, mais fechados, fazem com que a fumaça passe em menor quantidade. "A ausência da sensação de garganta irritada era um falso indício da eficácia do cigarro light", explica Tânia Cavalcante. No Brasil, desde 2001, os produtos do tabaco não podem conter na embalagem a palavra light.
Outros itens como charuto, cachimbo, narguillé e rapé também trazem danos à saúde dos usuários, mas, por não serem tragados, ainda resiste na cultura popular uma falsa crença de que são menos prejudiciais ao organismo.
Os especialistas afirmam que não existe a garantia de um limiar mínimo de exposição para que um fumante não corra riscos de saúde. De acordo com Tânia Cavalcante, "um fumante moderado, que consome de 4 a 10 cigarros por dia, corre um risco 6 vezes maior de contrair câncer do que um não-fumante".
Reconhecimento - Embora seja o segundo produtor e o maior exportador mundial de tabaco, o Brasil é reconhecido internacionalmente pela luta e controle do tabagismo. As ações desenvolvidas no país já apresentam indicadores que demonstram a redução do número de fumantes. Em 1989, por exemplo, 32% da população acima de 15 anos era fumante, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2003, esse número caiu para 19%.
Pelo destaque do país no combate ao tabagismo, o Brasil foi escolhido pela OMS para sediar um dos cinco centros laboratoriais mundiais de referência para controle e pesquisa dos derivados do tabaco por meio de uma parceria entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Esse centro de pesquisa tornará o país uma referência para toda a América do Sul e Caribe.
Além disso, no dia 31 de maio, durante a comemoração do Dia Mundial sem Tabaco será lançada a pedra fundamental do Laboratório de Análise, Pesquisa e Controle dos Produtos Derivados do Tabaco que será instalado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No espaço, serão promovidas pesquisas científicas e testes para conhecer a composição desses produtos. O laboratório também será o responsável por controlar e regular os derivados de tabaco comercializados no Brasil.

Dia de Luta Contra O Tabaco  As Políticas de Controle do Tabagismo

O Programa Nacional de Controle do Tabagismo é desenvolvido pelo Inca em parceria com as 27 secretarias estaduais de saúde e propõe ações que visam a prevenção de doenças na população e estimulam a adoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis. A elaboração de ações educativas e a ampliação do acesso ao tratamento para quem quer deixar de fumar são exemplos de políticas de combate ao tabagismo mantidas pelo Inca.
Para os que querem abandonar o hábito de fumar, uma das alternativas é recorrer ao Disque Pare de Fumar (0800-611997 - opção 6). Esse serviço presta informações sobre os métodos de tratamento e os efeitos da síndrome de abstinência. Os interessados também podem procurar as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem tratamento. A terapia inclui desde orientações sobre como deixar o fumo até o uso de medicamentos, se necessário.
O Inca também possui o programa Saber Saúde que trabalha junto às escolas o tema tabagismo e divulga estilos de vida saudáveis. Para complementar o trabalho em sala de aula, um material ilustrativo de autoria do Ziraldo foi editado pelo instituto. Uma parceria com o Ministério da Educação (MEC) para ampliar a divulgação do programa através do TV Escola e do programa Um Salto Para o Futuro também está em estudo. Criado em 1996, o Saber Saúde é realizado com o auxílio das secretarias estaduais e municipais de saúde e educação.
A pesquisa de Vigilância de Tabagismo em Escolares (Vigescola) é outro projeto promovido pelo Inca. O Vigescola faz parte de um estudo mundial desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse trabalho busca coletar informações sobre o consumo de cigarros entre os jovens estudantes de 13 a 15 anos, idade média de início do uso do tabaco.
Outra medida adotada pelo governo foi a proibição da propaganda de cigarro. Desde 2000, a publicidade de derivados do tabaco não é permitida em grandes mídias como TV, outdoors e jornais. Sua divulgação só é possível nos pontos internos de venda.
Na campanha pela diminuição do tabagismo, também ganha destaque a publicação de imagens que ilustram os males causados pelo cigarro em todas as embalagens do produto. Essas fotos vêm acompanhadas de dez frases de alerta sobre os perigos do tabaco. O intuito é causar impacto entre os fumantes. Pesquisa realizada pelo Datafolha, no ano de 2002, revelou que 76% dos 2.216 entrevistados apoiavam a publicação de imagens nas carteiras de cigarro e 67% dos fumantes afirmaram que sentiram vontade de parar de fumar quando viram as fotos. Todas as embalagens também precisam conter o número do telefone do Disque Pare de Fumar. Desde que foi adotada essa regra, o serviço registrou um crescimento de mais de 300%.
O governo cobra dos municípios o cumprimento da lei federal 9294/96, que proíbe o fumo em locais fechados, e discute o aumento dos preços dos cigarros para diminuir as vendas. "O preço mais barato dos cigarros facilita o consumo da população jovem", critica Tânia.  O cigarro consumido no Brasil é o sexto mais barato do mundo. Enquanto nos Estados Unidos uma carteira custa até US$ 10, no Brasil ela é vendida por US$ 0,50.  O aumento do preço do cigarro é um projeto em discussão na comissão de implementação da Convenção-Quadro - tratado internacional que visa diminuir o consumo de fumo.
Outro processo resultante da ratificação do tratado - realizada no fim do ano passado - foi a criação de um programa de apoio à diversificação produtiva nas áreas de cultivo do fumo. O trabalho é feito junto aos agricultores para mostrar que a Convenção-Quadro não se trata de uma ameaça e que existem alternativas de cultivo economicamente viáveis para substituição ao tabaco. A medida é uma parceria do Inca com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Na época, a indústria do fumo tentou dificultar as ações do governo por meio da divulgação de falsas informações aos fumicultores.
Além do Dia Mundial sem Tabaco outras datas de combate ao fumo são comemoradas no Brasil. Todos os anos, o Ministério da Saúde comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto) e o Dia Nacional de Combate ao Câncer (27 de novembro).

ASSISTA AO VÍDEO - ANIMAÇÃO: FUMAR  PRA QUÊ?


ASSISTA AO VÍDEO - Drauzio Varella conta como conseguiu parar de fumar


 

ASSISTA AO VÍDEO - A luta contra o fumo


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